Final Fantasy Explorers. Um Monster Hunter não tão bom, criado pela nossa doce Square Enix.
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Quatro jogadores em uma missão |
O ano era 2014. Nintendo 3DS ainda estava em alta, muitos jogos novos chegando e, provavelmente, com a febre que Monster Hunter estava fazendo, a Square Enix decidiu lançar um Final Fantasy novo que parecia ter a pegada do grande Monster Hunter, será que deu certo?
Final Fantasy Explorers foi lançado oficialmente em 18 de dezembro de 2014. Chegou ao ocidente pouco mais de um ano depois (26 de janeiro de 2016). Ele é um jogo de RPG com ação da qual tem o foco numa gameplay com um vasto mundo.
O jogo tem uma proposta interessante: Monster Hunter com criaturas do mundo de Final Fantasy. Entao, prepare-se para encontrar monstros como goblins, bombs, cactuar, chocobos, entre muitos outros, sem contar também chefões famosos como Gilgamesh.
Apesar de ser uma boa proposta, não foi bem trabalhada como vemos durante o jogo.
Você inicia o game criando seu próprio personagem. Estando no mundo de Amostra, lugar onde existem cristais que atraem vários exploradores, tu tens como objetivo principal chegar até o Grande Cristal. Com o passar do tempo, o jogador poderá desbloquear as mais diversas classes da qual conhecemos no mundo de Final Fantasy como: Monks, Black Mages, Thiefs, etc.
A história não é o foco do jogo, existirão diálogos diversos sobre exploradores, reino, império, mas são facilmente ignorados pelo jogador. O mundo é vasto, porém, nada bem aproveitado. Desde o início, você perceberá que o jogo se resume em: coletar itens e derrotar monstros.
Sim, apenas estas duas coisas.
Não há um desafio real no jogo, ele é extremamente fácil, principalmente se você for um jogador que gosta de explorar e vasculhar por aí, logo descobrirá algo que lhe deixará fortíssimo em pouco tempo. O desafio de verdade só aparece muito late game. Na verdade, pós-game, já que tive de zerar para só assim ter missões da qual eu pudesse me preocupar com meu HP.
O sistema usado para fortificar armas, armaduras ou acessórios podem até lhe deixar entretido por um tempo, mas são enjoados e nada engajadores.
Há também um laboratório de monstros. La, você poderá manusear monstros da qual conseguiu enquanto explorava. Você pode ter diversas criaturas como goblins, chocobos ou cactuar. Caso você escolha sair com algum monstro, tome cuidado, pois alguns ocupam espaço demais no grupo, sendo assim, você não poderá levar um amigo com você para jogar contigo.
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Exemplo de um monstro companheiro |
Sobre o multiplayer, bem, esta é a parte que realmente salva este jogo de não ser uma bela porcaria. Você consegue se divertir bastante com os amigos, mas de maneira bem casual. Basicamente, vocês mesmos tem de colocar desafios uns nos outros para conseguirem alguma diversão até late game. Mas caso rushem o suficiente e experimente classes novas, poderão ter mais diversão.
Ora, não podemos esquecer de outro ponto forte no game, porém, bastante desbalanceado. As classes são inúmeras, com dezesseis tipos diferentes. Temos das mais simples até as mais avançadas. Infelizmente, algumas entrarão no esquecimento por não evoluírem tão bem quanto outras, porém, cada uma é muito única e especial no multiplayer. Um grupo com boa variedade de classes que combinem podem devastar vários inimigos (no late game, claro).
A trilha sonora, na maior parte do tempo, não é memorável. Está ali simplesmente cumprindo seu papel para que o jogo não fique em um silêncio total. Foi trabalhada na medida do possível para co-existir com o game, nada mais e nada menos.
Seus gráficos, para a época, não são nada de mais. Ficaram super datados e não se comparam nem de perto, por exemplo, com os de Monster Hunter. O mundo podia ser muito mais vivo se mais detalhes fossem colocados pelas áreas, mas não é o que vemos.
Ainda falando sobre as áreas, normalmente, serão gigantes com muitos inimigos que vivem se repetindo missão após missão. É realmente uma experiência repetitiva sair para uma nova caçada e ter de sempre ver, basicamente, os mesmo inimigos, fazendo as mesmas coisas, agindo das mesmas formas e morrendo estupidamente fácil. Junte a repetição de Final Fantasy Explorers com gráficos datados e uma área gigante (mas sem detalhes). Teremos um jogo super casual e nada engajador.
Para um lado mais focado em gameplay, a câmera pode ser nossa inimiga muitas e muitas vezes. Com viradas bruscas e uma posição nada acolhedora, a câmera do jogo, caso você não tenha um circle pad, vai te fazer passar raiva, ou, no mínimo, deixar sempre na sua cabeça que ela é ruim.
A falta de tática necessária para com os monstros, principalmente para com os chefões são notórias. Saber o que o inimigo vai fazer e contra-atacar é bem simples. Isso só coopera para que o jogo fique menos desafiador.
A customização é decente, você pode até conseguir roupas de outros personagens de jogos Final Fantasy como Cloud, Sephiroth, Squall, Lighthing, entre outros. Inclusive, tu podes soltar uma habilidade especial que, basicamente, é se “transformar” em um dos personagens da série principal e lutar contra seus inimigos por um determinado tempo. Não se engane, por mais que seja legal, não é nada de mais. Fora isso, você também poderá customizar suas magias e habilidades para adicionar mais poder, status negativos, entre outros.
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Cooperação em batalha |
Final Fantasy Explorers tem mais erros do que acertos, ele está longe de ser um bom “Monster Hunter”. Também está distante de ser um ótimo game.
Pontos positivos: Customização decente, multiplayer divertido e bastante amigável com iniciantes.
Pontos negativos: Gráficos datados, missões repetitivas, música medíocre e história monótona.
Nota: 5/10
Arrume o fundo preto do blog. Gostei de seu blog
ResponderExcluirGostei muito do artigo! Ainda não conhecia esse Final Fantasy.
ResponderExcluirUma sugestão, colocar as análises dos jogos dos fãs também, e o link de download, se o inscrito quis disponibilizar, também, deixe o blog um pouco mais detalhado, tipo umas imagens de fundo.
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