Este texto é a base feita para o vídeo do meu canal, caso queira assistir, clique aqui.
Persona 4
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“Um jogo enigmático, bem-feito e de clara compreensão. Persona 4 tem tudo o que um RPG precisa ter.” |
Espero que estejam prontos para entrar em um dos
mundos mais loucos que eu já vi!
Persona
4 é um dos melhores RPG’s que joguei na vida. Me senti muito realizado ao
terminar este grande jogo. O número de coisas a se fazer neste game é um absurdo, ele, ao mesmo tempo que traz muito conteúdo, se mantém sempre equilibrado e nunca enjoa.
Vamos começar do início.
Em
uma cidade muito tranquila chamada Inaba, uma série de assassinatos medonhos
começam a acontecer. Cabe a um grupo de jovens saber o que está acontecendo, já
que, subitamente, entraram no meio disso tudo.
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MC de Persona4 |
Nós
jogamos com um personagem silencioso da qual não tem um nome. Bem, pelo menos
não aqui no jogo, já que no anime ele se chama Yu Narukami e no mangá é Souji
Seta.
Estamos de mudança para essa cidade nova chamada Inaba para morar
com nosso tio e nossa prima temporariamente. Até aí tudo bem, nada demais,
porém, se tem Persona no nome, vai ter bizarrice e confusão do início ao fim. Preparem-se!
É
pinguim do Batman sendo enigmático. É filho batendo no pai. É nego não
aceitando seu verdadeiro eu. É gente indo pro saco de maneiras bizarras. Isso é
Persona 4, minha gente!
Esse
jogo de RPG que pode passar facilmente das setenta horas de gameplay é tão
prazeroso de jogar e explorar que você não consegue ver o tempo passando.
A
gente começa criando laços de amizade com estas três figuras:
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Da esquerda à direita: Yosuke, Chie e Yukiko. |
De algum modo, começamos a entrar em casos de assassinatos por
meios estranhos; lembrando que Inaba é uma cidade muito tranquila, ou pelo
menos era. Com a chegada do nosso herói silencioso, tudo isso acaba e vários assassinatos começam a suceder.
Um
tal de “canal da meia-noite” é mencionado pela Chie, ela diz ser uma lenda
urbana. Dizem que se você ficar olhando de perto para uma televisão, sozinho, à
meia-noite, durante uma chuva, você conseguiria ver sua alma gêmea. E
é claro que a gente tinha que tentar isso! Um evento ocorre e nós conseguimos entrar na TV! Está feliz agora? Fui tentar entrar
na TV e olha no que deu! Não bastava esse evento bizarro ter acontecido com a
gente, a Chie e o Yosuke riem da nossa cara quando contamos pra eles. Bem,
afinal, quem não riria de uma “piada” dessas?
Mas
não era piada, testamos uma TV na loja de departamento chamada Junes e adivinha? Funcionou. Conseguimos entrar de cabeça nela! Aí começa o pânico da
Chie e do Yosuke e acabamos caindo dentro da TV, juntos.
O
que já estava estranho, está piorando cada vez mais. Agora temos um urso
falante. Futuramente ele ajuda a gente e até se une ao grupo.
Por fim, vimos algumas coisas estranhas lá dentro da TV e conseguimos sair.
Quando retornamos para a TV um tempo depois, finalmente podemos batalhar contra
as criaturas do game chamadas de Sombras.
O
protagonista acaba por despertar a sua Persona no meio das Sombras e podemos
finalmente partir para a primeira batalha. Persona nada mais é que a
manifestação de nossa personalidade. A gente é o único do grupo que pode usar
Personas diferentes.
O pau come solto e, depois da batalha, é a vez de Yosuke
encarar ele próprio, basicamente, esse costuma ser um grande tema do jogo,
tirando, claro, a questão de investigação.
Ver
a galera negando o lado obscuro deles é algo muito legal de ser ver. Nunca me
canso de esperar ansiosamente para ver a Sombra do próximo membro do grupo. Ao
negar a Sombra e falar que ela não é a gente, ela toma, digamos, uma vida
própria. E aí, temos que acabar com ela para o personagem finalmente se
“aceitar”.
Ao
entendermos que as mortes bizarras que acontecem lá no mundo real estão ligadas, de alguma forma, com o mundo dentro da TV, nos vemos obrigados a investigar o
caso da maneira mais discreta possível. Ainda bem que somos estudantes e
podemos fazer isto com um pouco mais de segurança.
Não
quero dar muito spoiler no jogo, na verdade, acho que já falei o suficiente. Eu
quero dizer o porquê deste game ser tão viciante e gostoso de jogar.
Persona 4 mantém aquele padrão viciante de
uma rotina normal como um Harvest Moon da vida. Você precisa estudar, pode
trabalhar, fazer amigos e mais algumas outras atividades; esse estilo de
gameplay que se assemelha à vida real tem um elemento muito confortante, ainda
mais junto com personagens tão carismáticos e músicas tão bem trabalhadas.
Creio que o personagem não falar e a opção de você sempre ter escolhas
diferentes a tomar em diversas situações, é bem interessante e importante para
o jogo com estes tipos de sistemas e elementos. Dependendo do que você
escolher, você pode aumentar sua inteligência, coragem, diligência, etc. E com
eles, num nível elevado, te abre mais opções para pode realizar ainda mais
ações diferentes. Não se deixe enganar, aumentar seus status são importantes. É
com o aumento dos status que você, além de ter mais ações, pode abrir mais
social links. Fique atento também aos dias chuvosos, já que vocês consegue
promoções, coisas novas e itens específicos em dias assim.
A
segunda coisa que amei nesse game, é que assim como em Persona 3, tem o famoso
Social Link. Passando seu tempo com certas pessoas, você pode evoluir sua
intimidade com elas e, assim, serem grandes amigos, ou, até mesmo, namorados! O nível
máximo do Social Link é 10. Agora, o que faz disso tão especial e gostoso de
trabalhar em cima? Bem, além das hilárias cenas e até tristes que vamos
vivenciar em cada Social Link, evoluí-los nos ajudará de diversos modos,
principalmente se estivermos evoluindo um Social Link de um membro do nosso
grupo, da qual em batalha fará ações para ajudar ainda mais a gente. Também nos
ajudará a evoluir melhor as Personas, já que, na hora da criação de um Persona,
ganharemos mais XP de acordo com o nível do Social Link que corresponde à
Persona criada. E agora, vou falar mais desse sistema de criação de personas.
A
terceira coisa muito boa nesse jogo é o sistema de construção das Personas,
lembrando que só o protagonista pode usar diferentes tipos de Personas, hein!
De qualquer maneira, dependendo do tipo de Persona que você quer criar, como
disse anteriormente, ela pode vir mais forte que o normal se a fusão for
baseada no nível do Social Link da mesma categoria. Por isso, upar Social Link
com as pessoas é muito melhor do que fazer qualquer outra tarefa enquanto na
vida real; infelizmente, eu entendi isso um pouco tarde no jogo… A construção
de Personas é algo incrível! Existem bônus de criação de acordo com os dias da
semana. Na hora de fundir uma persona com outra, você pode sempre colocar as
Skills das personas que participaram nos slots da Persona criada; e ainda é
arquivado as Personas da qual você já pegou, podendo comprar mais tarde, assim,
não sendo necessário voltar em Dungeons já visitadas para catar as Personas
tudo de novo. As fusões podem ser bem simples ou mais complexas, você pode
fundir duas personas para formar uma, ou até mesmo cinco personas para formar
outra ainda mais forte. Todas as Personas tem suas forças e fraquezas. Algumas
personas conseguem refletir certos elementos, outras conseguem absorver o dano
dos elementos, etc. O jogador tem que ficar sempre atento, principalmente em
batalhas contra chefões, para tirar vantagens das forças e fraquezas do inimigo
e assim usar a Persona correta na hora certa. Este sistema, como em toda a
série Shin Megami Tensei que o possui, é aprazível e viciante.
A
quarta coisa gostosa desse game: as batalhas. Apesar de serem de turnos, (o que
as fazem bem simples) elas pedem que o jogador use de estratégias para vencer.
Se você for esperto e estrategista, você pode facilitar muito a sua vida,
economizar muitos recursos e avançar mais rápido no jogo, porém, se tu és um
Smash Button Player, ou um jogador que gosta de rushar tudo, vai sofrer. Esse
jogo não é desse tipo.
Cada
animação, cada golpe crítico nas batalhas, cada efeito sonoro e música batem
muito bem. Você sempre sente na pele quando sofre um ataque crítico, assim como
tem muito prazer também quando acha a fraqueza do inimigo, esta sensação se
mantém assim até o final do jogo. O sistema de cartas como bônus no final de
cada batalha é bem-feito e legal também. Devemos sempre ficar atentos e ter
bons olhos nos bônus de carta, para tirarmos melhor proveito desse sistema. O
jogador, através das cartas, consegue Personas e até bônus maravilhosos como
dobro de XP, dinheiro, mapa revelado, entre outros. Mas ele também pode ter o
azar de encontrar um efeito negativo.
Quinta
coisa que amei no jogo: desenvolvimento de personagens. Não só desenvolvimento
das pessoas atreladas a você para investigar o caso, mas de muita gente mesmo.
São mais de vinte pessoas com histórias diferentes e cada uma tem um toque bem
único, mexendo em vários temas como família, independência, desenvolvimento
pessoal e outros. Todos são bem muito bem trabalhados.
Sexta
coisa que amei no jogo: música. Bem, estamos falando aqui de um jogo da qual a
música é reconhecida em qualquer lugar. O próprio Toby Fox, provavelmente, teve
grandes inspirações com Persona para criar Undertale. Vemos isto na música do
Asgore com a música Fog de Persona 4 como um exemplo. Apesar de achar um tanto
quanto repetitiva em alguns lugares, a música dificilmente te faz enjoar, e ela
tem um beat, muitas vezes, alegre demais, o que te faz ter força para continuar
evoluindo ou seguindo em frente, mesmo depois de várias pancadas e descobertas.
Sétima
coisa que gostei bastante no jogo: o impacto da vida normal para a vida do
outro lado da TV. Isso é algo bem inesperado, às vezes, você está se divertindo
com seus amigos, com sua rotina, quando do nada, uma ligação: mais uma pessoa
foi assassinada. Isso deixa você mais por dentro do game e eu acho que essa
“quebra” é muito bem usada para ajudar o jogador a ficar ligado e ainda se
lembrar do mundo lá do outro lado.
Oitava
e última coisa que gostei do game: liberdade na rotina e variadas coisas para
fazer. Você fica livre para fazer o que quiser até passar um tempo em que
ocorra novamente eventos que envolvem a trama principal. Apesar de ainda ter
bastante coisa para fazer como Sidequests, ir a restaurantes para aumentar suas
capacidades, ler livros, trabalhar, etc; ainda senti que faltou um pouco mais
de opções (Cof, Cof, Persona 4 Golden). Mesmo assim, só por ter um número
considerável de coisas a se fazer está valendo.
Wow,
wow, wow! Calma lá! O jogo não é perfeito. Achou mesmo que eu ia ficar só
babando nele? Vamos para alguns pontos que foram negativos na minha opinião.
Você
tem, basicamente, um ano para fazer o final. Isto significa que você pode
perder muita coisa se ficar de bobeira, então, trate de evoluir todos os Social
Links ao máximo até o final do ano. Eu creio que isto poderia ser resolvido se
a gente conseguisse upar os Social Links de maneira mais rápida, mas se você
fizer tudo certo, consegue tranquilamente. Ainda assim, após saber disto, você
sente um pouco de pressão.
Lançado
originalmente para o PS2 no ano de 2008, ele não tem os melhores gráficos,
porém, toda a jogabilidade, música, dublagem, etc, são feitos muito bem. Porém,
mais detalhes podiam ter sido acrescentados, já que em 2008, nosso PS2 já
estava nas últimas das últimas. E após jogos como FFXII ou Shadow of the
Colossus, um jogo do porte de Persona 4 pediria no mínimo mais detalhes ainda.
Nossos
olhos se enchem com animações 2D, mas, durante os diálogos, temos imagens
estáticas e bocas que não se mexem, apenas olhos que piscam. Essa falta durante
os diálogos, apesar de termos diferentes imagens para os personagens se
expressarem, é um tanto chata de se ver para diálogos mais tranquilos e até
outros que exigem mais expressão para a tensão vivida.
O
game também conta com algo que, para quem detesta detonado e gosta de completar
tudo ou quase tudo no jogo, pode achar um porre. Teremos um tempo limite de um
ano para completarmos o jogo e resolver os casos de assassinatos que acontecem
em Inaba, se não focarmos no que de fato é importante, como Social Links,
estaremos fritos futuramente, já que vai chegar uma hora que fica quase
impossível de upar todos os Social Links caso você tenha perdido muito tempo.
Persona
4 tem uma grande introdução. Apesar de acha-la necessária para o
desenvolvimento dos personagens e também para conhecer melhor a história, isto
pode ser ponto negativo para alguns jogadores. Existem pessoas que já preferem
alguma dinâmica no início do jogo, como batalhas. Mas não esqueçam que o ponto
principal de um RPG é a história, Persona 4 é fortíssimo nela, então,
aproveitem cada momento.
Na
verdade, o game quase não tem coisas ruins. Persona 4 é um grande TRIPLE A! E
está super recomendado! Sua versão Golden, que foi lançado para o PS Vita,
consegue ter tudo aquilo que comentei da qual senti falta e muito mais!
Toda
a pegada dele de te colocar em situações da qual você tem de fazer escolhas
difíceis, faz você refletir bastante até mesmo sobre você. O jogo é um grande
feito da Atlus. Toda a equipe está de parabéns por terem criado esse game
imortal para todos nós. E não se esqueçam, crianças, encarem seu verdadeiro eu.
Persona 4 nos ensina sobre isso.
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